julho 03, 2003

BERLUSCONI. II A versão de Abrupto sobre os incidentes no Parlamento Europeu não é inesperada e previa-se que as coisas tivessem acontecido assim. O meu comentário anterior dizia respeito às declarações de Silvio Berlusconi (incluindo outras observações sobre a figura propriamente dita), e daí não retiro uma linha. Evidentemente que se esperava, da parte da imprensa, uma «limpeza» sobre o que tinha antecedido essa declaração infeliz. O Abrupto conta, com suficiente pormenor, o género de coisas que já é normal acontecerem nestas circunstâncias — berrarias, provocações, «intervenções artísticas» do sector mais radical, insultos. Procurei esta manhã, na imprensa, algum relato integral sobre os acontecimentos: apenas algumas referências, geralmente inócuas, sobre o discurso de Schultz. Se houve insultos ou apartes, os jornais não traziam nada disso, reduzindo tudo à recomendação cinéfila de Berlusconi para Schultz.
Espero que não se queira transformar Berlusconi em paladino da liberdade ou em vítima — nem que seja das palhaçadas de Cohn-Bendit.