julho 02, 2003

ESTRADAS. RESPOSTA António Ramos, da Lousã, comenta o post sobre as estradas nacionais:
Fala, com comovente nostalgia, das estradas do fundo da memória. Ora eu, que tenho idade suficiente para ter no fundo da memória algumas dessas estradas, dou graças a Deus que exista a tal indústria do asfalto. Algumas dessas estradas, desgraçadamente, ainda não têm estatuto de memória. Mas as coisas mudam. Conhece a velhinha Estrada Nacional 17, conhecida por Estrada da Beira? Não existem por ali muitos telhados suíços mas, ainda assim, de cada vez que por lá passo, e é todos os dias, a última coisa que me vem à cabeça são sonetos. E as românticas curvas, quase eróticas, que atravessam as serras, qualquer uma, deste pitoresco País, com pitoresca gente, pitorescamente abandonada, a fazer as delícias de qualquer Jacinto de Tormes? Sabe que mais? Longa vida à indústria do afalto e que muitos telhados suiços floresçam à beira da estrada. É claro que outra coisa, completamente diferente, é a sucata à beira da estrada. Esse sim, é um problema.