PORTUGUÊS SUAVE, 9. O «fundamentalismo» é o tema do mail de João Raposo sobre este tema infindável.«Quando tinha 13 anos fumei um maço de Monserrate num dia. Não gostei. Nunca mais fumei, já lá vão quase 40 anos. Devo, no entanto, confessar-lhe que, dado o extremoso cuidado dos nossos fundamentalistas anti-tabagistas, estou a pensar seriamente em começar a fumar. De que me serve a saúde sem liberdade?»
O N.M.M., do Nortadas traz também um testemunho pessoal: «Acabo de ler as reacções fanáticas que recolheu. Pouco ou nada há a dizer senão que está em perfeita sintonia com esta «nova modernidade» do povo português — de suave, nada; de, agressivo, muito. Talvez o nome Português Agressivo esteja até mais de acordo com os tempos. […] O certo é que, durante muitos anos, fumei de Setembro à Páscoa — há seis anos deixei de intervalar as minhas épocas de fumo, asneira grossa que senti bem no meu rendimento geral; o pior é que, por muito estúpido que possa ter sido, uma das razões que mais retirou motivação para deixar de fumar foi, exactamente, essa pressão desmedida, fanática e irracional contra os fumadores e o fumo dos cigarros, a paranóia do fumador passivo (onde o fumo do cigarro mata enquanto os outros desinfectam)… Foi particularmente difícil deixar de fumar na passagem do ano de 2002/03: além de abdicar do tabaco o saber que ainda podia vir a figurar como uma vitória dos fumodamentalistas…..foi duro.»
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