CULTURA GERAL. A questão da introdução de uma cadeira de Cultura Geral no Secundário foi proposta por Freitas do Amaral — numa coluna da Visão. Há algumas reacções a propósito do assunto e do que aqui se escreveu; o Nuno B. Almeida e Sousa do Fogotabrase, por exemplo, diz que «o professor Freitas do Amaral só pode estar a brincar ou então está senil de todo. Se eu tivesse tido aulas de cultura geral no secundário, provavelmente teria tido as mesmas notas medíocres que tive a Latim, a Português ou a Antropologia Cultural. Converso hoje com colegas do Secundário, que eram alunos de 19 e tomara eles saberem metade do que eu sei, tomara eles saberem utilizar o que aprenderam em Latim como eu uso, tomara alguns dos que apanhavam 20 a matemática, utilizá-la como eu a utilizo; eu que quase sempre passei “coxo” a matemática.»
O Pedro Peixoto também escreve sobre o assunto: «Acerca de Freitas do Amaral (F.A.) e da introdução de uma nova disciplina, intitulada Cultura Geral, no ensino secundário, penso que tal propósito é, actualmente, impraticável no sentido que F.A. lhe dá. No entanto, caso as nossas escolas fossem dotadas em cada uma das salas de aula com um computador ligado à Internet com Data-Show incluído e outro material audiovisual, esta ideia poderia ser posta em prática. Mais uma vez teria a instituição Escola que se substituir aos pais e à família, no sentido de dar a conhecer aos alunos conteúdos realmente pertininentes que envolvem o cidadão. Bastava debater com os alunos temas que estão na ordem do dia, facilmente apoiados em documentários que passam por exemplo nos canais Odisseia ou SIC Notícias para que os alunos pudessem contextualizar a realidade que os rodeia. Agora estar a debitar conceitos nas disciplinas de História, Filosofia ou Geografia para que os alunos os despejem nos exames não os motiva para a tal Cultura Geral.»
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