novembro 08, 2003

ELE NÃO TOMOU OS MEDICAMENTOS. Foi através do Contra-a-Corrente e do Picuinhas que li — no site da TSF — as declarações de um dirigente da Quercus, Hugo Tente, sobre as desvantagens do TGV: «As pessoas ficam com a noção de que é muito mais fácil, por exemplo, ir de Lisboa ao Porto. Em vez de fazerem uma viagem para outro local qualquer, se calhar muito mais curta, passam a fazer aquela», disse o ecologista. «No somatório total de um ano estas novas vontades das pessoas se deslocarem acabam por se reflectir em muito mais viagens», adiantou Hugo Tente. A Quercus defende ainda que para evitar esse possível aumento da poluição, sejam adoptadas medidas para dissuadir o uso do avião e também do automóvel.»
Eu, sinceramente, o TGV acho uma trapalhada — mas fiquei com muita simpatia por ele depois desta palermice. E dou comigo a repetir: «Em vez de fazerem uma viagem para outro local qualquer, se calhar muito mais curta, passam a fazer aquela...» Ó amigo Tente, veja lá, não se esqueça de tomar os comprimidos. Essa ideia de pensar que as pessoas que querem ir a Arruda dos Vinhos vão ao Porto, ou as que só querem ir comer besugos a Espinho vão a Lisboa, parece-me excelente. Eu até era capaz de fazer essa viagem só para não o ouvir.