novembro 24, 2003

MAL, RAZOAVELMENTE MAL. Eduardo Prado Coelho escreve hoje, no Público, sobre «a necessidade de intelectuais» («eles são um produto originalmente francês»): «O intelectual tem que saber que a sua função é hoje sobretudo a de um tradutor de códigos culturais e que essa função implica uma análise cuidadosa e uma utilização sagaz do sistema dos “media”. Precisamos ainda de intelectuais? Claaro, a resposta é sim. Mas como funcionam eles em tempo de blogues?» Mal, razoavelmente mal. Mas há aqui um pequeno perigo: supondo que a sua função é sobretudo a de «tradutor de códigos culturais» (coisa de que eu duvido), é bom não empobrecer ainda mais a palavra.