novembro 04, 2003

PANTEÃO DA HISTÓRIA. A propósito do texto de ontem sobre o lançamento do Harry Potter no Panteão Nacional, o Luís Carmelo diz, no Miniscente que «o Aviz acredita na história e na sua sacralização. Não é a história, depois de Vico e do pós-iluminismo, uma consequência normal da emergência moderna que pretendeu racionalizar, catalogar e ordenar o passado, do mesmo modo que procedeu à racionalização do futuro, através da regulação utópica e ideológica (de tão transtornada memória, para nós, hoje)?» Ora, meu caro Luís: eu quero é que as crianças e os leitores do Harry Potter possam ir ao Panteão — e ler o Harry Potter (que o Sátiro também comenta). Se isto é sacralização, a Hermione é uma bruxa má que anda em Hogwarts. E acredito que a história é sobretudo ordem & desordem.