VIAGENS DOS DEPUTADOS Leio tardiamente o artigo de José Pacheco Pereira no Público sobre o assunto. Evidentemente que tem razão. As viagens dos deputados deviam ter sido investigadas com rapidez e a avaliação devia ter sido tornada pública; por isso me espanta que, em pleno processo de «arrefecimento» do processo, já nesta legislatura, tenha havido tantas críticas em relação ao regulamento tentado por Mota Amaral. Um regulamento deste tipo — simples — teria evitado a célebre «lei da transparência» dos tempos de Fernando Nogueira, que contribuiu para lançar ainda mais suspeitas sobre os políticos. O arquivamento do processo, por seu lado, completou o tom nefasto da lei: misturando trigo e joio (para recuperar a expressão de Pacheco Pereira), acaba por distinguir-se a suspeita sobre ambos. Lamentável.
Aviz
«We have no more beginnings.» [ George Steiner ]
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