dezembro 11, 2003

BOLSAS, 2 Escreve, por mail, o António Fonseca (que mantém o blog Formato 1): «Se “correr por gosto não cansa” porque é que escrever literatura por gosto há-de cansar ao ponto de tal ser compensado por decreto? Todos sabemos que não vivemos num sociedade igualitária em oportunidades, mas há coisas mais importantes do que a criação artistica para usar dinheiros públicos: a saúde, a educação, a segurança, as infraestruturas económicas, e a preservação da arte, dos costumes, do saber e do bom gosto. A criação artística, situando-se no domínio do simbólico, como aliás manda o bom senso, não deveria ser subsidiada ao nível do criador mas do consumidor. Para a poluição ambiental há muito que se chegou à mesma conclusão e que é o método adequado e mais justo, claro que no sentido contrário.»