dezembro 10, 2003

É A GLÓRIA. Ontem, no Porto, o Joel Neto ficou mudo. Eu compreendo e passo a contar: ao fazer o check-in no hotel, altas horas, perguntou-lhe a recepcionista, estendendo-lhe a ficha: «Maurício Mattar?» O Joel emudeceu. Ia responder qualquer coisa como «não, não sou eu», mas emudeceu. Não é todos os dias que o autor de um livro como O Citroën que Escrevia Novelas Mexicanas é confundido com o galã brasileiro. Juntei, baixinho: «Sim, é o senhor Mattar.» (Fiquei cheio de inveja porque os actores brasileiros de telenovela costumam ter direito a suite e tudo.) Hoje de manhã, ao apanhar o avião rumo a Lisboa, às sete e vinte, o Joel ainda estava mudo. Maurício Mattar, caramba.