LIVROS DO ANO, 6. {Poesia} José Bento, Alguns Motetos (Assírio & Alvim).
José Tolentino Mendonça, que organiza o livro e selecciona os poemas, diz que a poesia de José Bento segue uma «condição quase clandestina». Há outra coisa admirável nesta poesia (como na do próprio Tolentino, na de Osório, Franco Alexandre, J. Alberto Oliveira, Mexia, ou na de José Agostinho Baptista, entre outros), que Tolentino nota: a sua perseguição dos caminhos secundários. A alegria destes versos vem desse «diálogo com os clássicos», coisa a que nos temos furtado tão abundantemente: «O rio ou o olhar que, de tão lento e lúcido,/ nos delata o que somos, impiedoso,/ até nos acusar do que ignoramos/ é-nos menos hostil do que o desprezo/ de quem nem a mercê gratuita nos concede/ de um sobejo, um aceno, um mudo insulto.»
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