JOÃO CABRAL DE MELO NETO, 2.
«A VOZ DO COQUEIRAL
O coqueiral tem seu idioma:
não o de lâmina, é voz redonda:
é em curvas sua reza longa,
decerto aprendida das ondas,
cujo sotaque é o da sua fala,
côncava, curva, abaulada:
dicção do mar com que convive
na vida alísia do Recife.»
[A Escola das Facas, 1980.]
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