OS MAIS CÉPTICOS. Ora, meu caro Bruno Sena Martins, as coisas são mesmo assim. Eu sei que gostávamos que fossem de outra maneira, mas nem por isso sou mais ou menos céptico em relação ao tema – a realização da «queima das fitas» de Coimbra, depois do referendo académico que as aprovou com 77%. Diz o Bruno que «na luta contra as propinas» os estudantes optaram por beber para esquecer. A queima das fitas não tem nada a ver com o assunto. Hoje é uma festa, assunto arrumado. Eu não simpatizo com o género, mas também não a frequentei, nem pedi a ninguém que a proibisse, nem a quero proibida. As cervejeiras agradecem, ponto final.
Agora, meu caro, o assunto é outro – é quando me chama céptico, só porque nunca acreditei que o referendo aceitasse esse luto académico que impediria a «queima». Sou céptico em geral, sim. Mas em se tratando de declarações tão solenes como as que acompanharam o palavreado geral sobre a «queima», nem foi preciso invocar o cepticismo. Bastou ler as entrevistas dos dirigentes académicos. É a vida.
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