CORDEIRINHOS, 2. O amável Blogamemucho refere-se ao texto sobre as «obrigações fiscais» (que tema!); insisto num ponto: não se trata de discutir o imperativo das «obrigações fiscais», que me parece indiscutível, até do ponto de vista moral — mas de discutir as aplicações que resultam dessas obrigações. Ou seja, o aparentemente invisível «dinheiro dos contribuintes». Num país civilizado, as pessoas querem saber onde pára esse dinheiro, onde é ele aplicado e quem beneficia dele — até para não se sentirem apenas aliviadas na bolsa. Os impostos não cabem na categoria da caridade para com o Estado (ou de tsedakah, como poderia explicar o Nuno). Por isso, acho estranho aparecerem cordeiri nhos muito correctos que acham que não se devem discutir as contribuições ou o peso das nossas obrigações.
Aviz
«We have no more beginnings.» [ George Steiner ]
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