fevereiro 22, 2004

DOMINGO EM JERUSALÉM. As manhãs em Jerusalém são mornas, sobretudo ao domingo, o dia em que todas as religiões se misturam em ritmos diferentes. Esplanadas, cafés, a Ben Yeoudha cheia de gente que aguarda a hora de abrirem as lojas, os que aproveitam as livrarias às primeiras horas (tal como crepúsculo, quando os livros são mais bonitos), os que tomam o pequeno-almoço nos cafés de Jaffa Road, aqueles que andam pelas ruas como um israelita normal (depressa, muito depressa, como se tivessem um destino, e não precisam de andar com as mãos atrás das costas). Tudo, tudo, excepto os autocarros que vão para Beit Hakerem, o cheiro das explosões em Liberty Bell Park, o ruído das ambulâncias da Magen David Adom (não da Cruz Vermelha) nas encostas do Hadassah Hospital, Ein Karem. Vale a pena dizer mais?