fevereiro 11, 2004

O QUE É UM ROUBO?, 2. Num mail mais do que eficiente e simpático, J.F. explica o segredo da operação bancária citada mais abaixo. Escreve o excelente J.F.: «O problema da banca, hoje, é que está a despachar todos os “velhos” com mais de 50 anos, os tarimbeiros, e à frente encontram-se novatos “doutorados” cada vez mais incompetentes, por desconhecimento, do que é a prática bancária. […] Tem razão e o banco também tem razão. E porquê? É assim: uma directiva do Banco de Portugal, dos anos oitenta, refere que o depósito feito com cheque, ou cheques, só se torna efectivo após boa cobrança. Em numerário, só se torna efectivo no dia útil seguinte. E é assim para todos os bancos. Só se lamenta não o terem explicado. […] E assim, o banco também poupa uns milhões em saldos médios que são o indicativo para o pagamento de juro. Nas contas a prazo é a mesma coisa, não se esqueça.»
Eu compreendo a directiva do Banco de Portugal. Mas fica aquela pergunta: bom, e o que acontece durante esta noite com o meu dinheiro, que não o vejo nos saldos? O banco, portanto, não poupa apenas em «saldos médios». É a vida.