março 18, 2004

ESCREVER. Em nenhum momento me passa pela cabeça criticar a agenda dos blogs. O excesso é evidente, sobretudo em situações de crise; a vigilância é mais cerrada; o grau de lugares-comuns repetidos, divulgados e multiplicados, é mais elevado; a má-fé cresce em proporção, tal como a emotividade; do sangue derramado passa-se com facilidade ao maniqueísmo que lamenta os maniqueísmos alheios, mas sempre se vislumbram as causas cerradas que estão à espreita. Nessa matéria, as palavras usadas não são importantes nem definitivas, basta que aumentem o número. E a quantidade de texto com adjectivos. Da necessidade de falar claro passa-se facilmente à euforia. Digamos que é intimidatório.

P.S. - Para quem se deixa intimidar, naturalmente. Porque o outro dever do homem sensato é rir. Em silêncio, muitas vezes.