março 06, 2004

ESCRIBA ACOCORADO. «Sentado na pedra de ti próprio,/ não tens rosto, senão o que,/ de anónimo, a ela afeiçoou/ a mão que assim te quis. Do resto,/ do que de individualidade, porventura,// em ti existiria, se encarregou/ a persistente erosão dos dias. [...] / Nesse olhar/ de não ver tudo se inscreve,/ repensa e adivinha: teus limites/ e, ainda, o que excederia tua humana// estatura. Sem contornos, em sombra/ e sono te diluis no que, de ti,/ nunca saberemos.» {Rui Knopfli}