julho 20, 2004

GOVERNO. Um liberal à moda antiga sente-se um pouco perdido na lista (elenco, como lhe chamam na imprensa) de ministérios do novo governo. Não há «ramificação da vida» que lhe escape: da criança ao mar, passando pela agricultura e pelo turismo, pela família, pelas comunidades portuguesas – não vejo (tirando a «terceira idade», que é uma ideia desprezada pelas novas gerações que exercem o poder, que exaltam a juventude, a juventude, a juventude…) muitas diferenças em relação àqueles governos de países que acabam de se tornar independentes, onde tudo parece ser um campo fértil para que o Estado intervenha, regule, esclareça, proíba ou esbanje. E não falta, nas designações adoptadas, um curioso tom politicamente correcto. Se este governo tivesse saído de eleições, não teria tantos ministérios.