julho 27, 2004

A RAIVA QUE ME DÁ. Eu, que gosto profundamente do Porto, subscrevo a carta que Gabriel Silva, no Blasfémias enviou a S.Exa. o Senhor Primeiro-Ministro sobre a peregrina ideia de vir aborrecer a cidade com inutilidades. O Porto nunca requereu o favor de uma esmola para ser visitado pelos cortesãos e pelas cortesãs. Escreve o Gabriel: «Saiba vexa que eu não estou disposto a que a minha cidade sirva para passeios fotogénicos, retratos enquadrados no velho casario, passeatas ostensivas de veículos oficiais a alta velocidade, interrupções de trânsito injustificadas, reforço de medidas policiais com prejuízo da vida urbana normal, já de si difícil, entre outros actos típicos de quando a corte se desloca do sofá para outros poleiros, perdoe-se-me a franqueza.»