ANTI-SEMITISMO SECUNDÁRIO, 2. Eu compreendo (com alguma ginástica, mas compreendo) aqueles que tendem a desvalorizar os ataques anti-judaicos na Europa e a juntá-los à lista de «ataques racistas»; mas não me parece uma posição séria. Ser judeu não é pertencer a uma raça; e esse argumento é definitivo. Depois das imagens do último ataque a um centro cultural judaico, em Paris, as suásticas desenhadas na parede não parecem ser apenas racistas. E o que me parece cada vez mais coincidente é o arrazoado anti-judaico que vem de gente de esquerda e de gente de direita. E que, independentemente da origem, é abjecto na mesma.
A imagem mais triste vinha precisamente na primeira página do The Guardian há uns meses, e foi reproduzida em alguns jornais portugueses; a legenda dizia «manifestações contra a invasão do Iraque» e a foto era de uma jovem quem empunhava um cartaz onde estava escrito «Kill the Jews». Mas não devemos deixar que um facto atrapalhe esses arrazoados, não é?
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