CONTINUA A CONVERSA ANIMADA. A ideia de que não vale a pena discutir o anti-semitismo (primário ou secundário) nestas condições, parece-me justa. Sobretudo quando se verificam duas coisas: 1) dualidade de critérios; 2) ignorância sobre aquilo de que se fala. Por exemplo: quando se fala de judeus, fala-se de quê? Quando se escreve sobre judaísmo, fala-se de quê (de religião?, de cultura, de associações judaicas?)?
Primo Levi: «Nestas coisas nunca se experimenta a sensação de nos deixarem em paz.»
Por outro lado, em matéria de discussão sobre o Médio Oriente, uma coisa é certa: enquanto não existir um estado palestiniano, nada feito. Um estado palestiniano democrático, onde as pessoas se ocupem dos seus negócios, das suas vidas, das suas escolas – e deixar de existir «a Palestina», uma plataforma para que as ditaduras do mundo árabe possam manter todos os álibis e sublinhar todas as desculpas para apoiarem o terrorismo ali ou noutros lugares. Esse estado não existe desde 1948 porque os estados árabes da região não quiseram. Duvido que ainda hoje o queiram, com clareza.
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