O BRASIL E A CPLP. O Paulo Gorjão notou um interesse do presidente brasileiro na sua política africana, nomeadamente na cooperação com Moçambique. «Até que ponto», pergunta o Paulo, «Lisboa e Brasília serão parceiros ou rivais (ou as duas coisas) no espaço geográfico dos PALOP? A resposta a esta questão prévia ajudaria a clarificar qual deverá ser o papel a desempenhar pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no âmbito da política externa portuguesa.» Ora, o Brasil está interessado qb na CPLP; a aproximação sucessiva que o Itamaraty e o Planalto fazem a África, mesmo que tenha como ponto de partida as escalas da CPLP (S. Tomé, Cabo Verde…), tem a ver com outra ambição mais larga das actuais autoridades de Brasília e com a sua tentativa de colocar o Brasil na cena diplomática internacional. A CPLP é uma escala. O objectivo do Brasil, ao perdoar a dívida de Moçambique, do Gabão, de Cabo Verde, ao prestar homenagem à ditadura do Gabão ou ao visitar a Síria, a Líbia, mesmo ao tentar estabelecer pontes mais sérias com a China, é precisamente esse e não pode desligar-se da tentativa de assumir a liderança dos países do sul da América, promovendo o Mercosul contra a Alca, cedendo à mesa das negociações em matérias sensíveis da balança comercial com a Argentina (a «guerra dos electrodomésticos», por exemplo, terminou com uma aparente derrota comercial brasileira mas com um incremento do seu peso político no cone sul), assumindo a pacificação do Haiti – com uma das metas à vista: caçar votos para obter um lugar fixo no Conselho de Segurança da ONU.
Quanto à CPLP, seria tema para muita outra conversa.
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