outubro 10, 2004


BRASIL, CE. No Brasil, a campanha eleitoral prepara-se para a sua quinzena definitiva. Mas cresce a minha admiração por Luizianne Lins, candidata do PT de Fortaleza (em primeiro lugar porque não penso ir a Fortaleza). Desprezada pelo partido e pelos três chefes orgânicos, Dirceu (ministro da Casa Civil), Genoíno (presidente do PT) e Lula, que apoiaram o candidato do PC do B e lhe chamaram «aventureira» -- conseguiu chegar ao segundo turno, contra o PFL. Os repórteres perguntaram-lhe se esperava ajuda de Lula e do PT: «Se não atrapalharem já é bom.» O ar incomodado de Dirceu e de Genoíno, os cubanos do PT, já é uma imagem agradável. Vagamente, Luizianne menciona o machismo do partido e a arrogância de Genoíno. Seja como for. Há quem imagine Dirceu e Genoíno torcendo, em Brasília, por uma vitória do PFL.

Adenda: nos jornais deste fim-de-semana, Luizianne define-se como marxista, mas nada de ortodoxias. «Como uma marxista-esotérica.»

As declarações de ACM à Folha de anteontem mereciam entrar numa antologia: perdendo em Salvador (como tudo o confirma) para o PDT, ele vê (e com razão) aí uma intervenção do PT e do Planalto, e ameaça retirar o seu apoio a Lula. É mais um coronel que se vai. Aliás, três coronéis que se vão: ACM, Sarney (derrotado em toda a linha no Maranhão e no Amapá) e Garotinho (com o PMDB -- e o PT -- cilindrado no Rio). Se Luizianne disputar Fortaleza no risco, Genoíno e Dirceu serão dois sargentos deprimidos.

1 Comments:

At 5:14 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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