outubro 17, 2004

A PÁTRIA. À distância, sigo pelos jornais e pela SIC Internacional (já não há RTPi nos canais de cabo e satélite brasileiros) os acontecimentos da Pátria, a bem amada. Há uma enorme quantidade de repetições, tantas que não se distingue aquilo que é comédia daquilo que passa por ser tragédia. Os meus amigos dizem-me que não devia ser pessimista ou, pelo menos, escrever sobre «o que está mal». Ou ser tão «negativo» em relação às notícias. Não sou. Fora da Pátria há coisas bem piores, alarmantes, desprezíveis, injustiças que se multiplicam, coisas ridículas. Como em todo o lado. Mas tenho em relação a ela a mesma sensação que toma conta de mim quando aparecem aqueles convidados do Herman Sic ou do Jerry Springer; nunca sei se hei-de rir ou se hei-de ficar envergonhado diante da exibição do pequeno género humano. Às vezes rio. De outras vezes fico envergonhado.