outubro 03, 2004

REVISTA DA IMPRENSA. Frequentemente, aparecem umas almas, chocadas, chorando «o desaparecimento dos valores» e pedindo o regresso «das grandes figuras» (Churchill!, ah, De Gaulle, ah!, Delors, ah!) e dos homens bons. Eu compreendo a angústia e às vezes partilho dela – mas, num último instante, desisto. Há ali uma tentação do desprezo a que é preciso fugir a todo o custo. A impossibilidade de se dar com o presente é uma das forças que mais tem produzido pequenos ditadores.