outubro 29, 2004

UTOPIAS, 3. Mail do F.B.P. sobre os dois pequenos textos aí em baixo:
«Não me parece que as 'utopias' de Campanella e de Bacon possam ser consideradas do séc. XVI se foram escritas e publicadas… no séc. XVII. Também não me parece razoável dizer que assentam na religião. Nem sequer no caso da Utopia de Thomas More (há que lê-la considerando a República platónica, o Moriae Encomium erasmiano e alguns opúsculos de Damião de Góis). O sentido que dá a utopia não supõe a religião; pelo contrário contende ou nega a religião. As 'utopias' milenaristas, totalitárias, não assentam na religião: negam a religião porque esta obviamente foi sempre o seu mais formidável adversário. Depois de Feuerbach, Marx e Engels o caso muda de figura: as desgraças do séc. XX, e nisso tem toda razão, devem-se a esses utópicos que recusavam a 'utopia' porque queriam ser 'científicos', ou seja, resultam em grande parte da negação de Deus. Em suma as utopias de que fala são perversões imanentistas da religião (valdenses, dolcinianos, joaquimitas, anabaptistas e outras formas de milenarismo), o mesmo sucedendo nas suas versões ateias ou pagãs (marxismo, nazismo, fascismo, new wave, etc.; aqui poderia incluir-se a mundividência light em que assenta o politicamente correcto).»

1 Comments:

At 3:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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