E AINDA HÁ TEMPO? José Pacheco Pereira terá razão:
«É muito simples perceber a diferença entre lógicas pessoais e partidárias e o interesse nacional. Aqueles que esperam (mais do que isso,desejam) que Santana Lopes concorra a eleições, as perca e depois, vulnerável, possa perder o partido, seguem uma estrita lógica pessoal e de grupo partidário. A esses pouco importa que Sócrates e o PS possam governar quatro anos, ou que Santana Lopes ferido possa arrastar o PSD para uma vendetta colectiva. Quem pensa na situação nacional tem urgência.»Mas não lhe vale de nada. Não há tempo. A tragédia (lê-se nos clássicos, vê-se em Shakespeare), a partir de certa altura, adquire uma velocidade que não pode ser travada; nessas circunstâncias, nenhum autor sério chamou os deuses para intervir. As coisas limitaram-se a acontecer como estava escrito nas estrelas.
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