SONHOS. Retomando o comentário de João Miranda sobre o manifesto de uns jovens da FEUP. Não fiquei muito sensibilizado com o texto, mas parece-me desventura minha. A ideia de transportar os sonhadores para a política, que pode ser generosa, acaba por provocar depressões e abandonos prematuros da actividade. Para a política seria desejável ter gente dedicada e competente, capaz de tomar decisões que, pelo menos, não prejudiquem os cidadãos. A ideia de que os sonhadores vêm do nada puro, destinados a grandes coisas, saídos da faculdade e prontos a meter os grunhos na ordem, parece-me delicada. A quantidade de sonhadores que causou catástrofes enche várias páginas. Mas enfim, talvez seja uma questão linguística, não sei.
Aviz
«We have no more beginnings.» [ George Steiner ]
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