dezembro 20, 2004

SONHOS. Retomando o comentário de João Miranda sobre o manifesto de uns jovens da FEUP. Não fiquei muito sensibilizado com o texto, mas parece-me desventura minha. A ideia de transportar os sonhadores para a política, que pode ser generosa, acaba por provocar depressões e abandonos prematuros da actividade. Para a política seria desejável ter gente dedicada e competente, capaz de tomar decisões que, pelo menos, não prejudiquem os cidadãos. A ideia de que os sonhadores vêm do nada puro, destinados a grandes coisas, saídos da faculdade e prontos a meter os grunhos na ordem, parece-me delicada. A quantidade de sonhadores que causou catástrofes enche várias páginas. Mas enfim, talvez seja uma questão linguística, não sei.