A Última Flor do Lácio. Questões de Língua.
Pela Vera F. chego ao blog Blue Everest e, por este, ao Arukutipa. O Arukutipa criou um debate em torno da lusofobia («Lusofobia: afecção de origem conhecida ainda que de difícil definição, caracterizada por um profundo estado de abatimento moral ou físico.»), neste caso relativa à apatia («curiosa apatia», como escreve o Blue Everest) com que no Parlamento Europeu se reage à marginalização da Língua Portuguesa. Rubem de Carvalho já escreveu sobre o assunto.
O que me parece é que a diplomacia portuguesa acatou o princípio de que Portugal é um país periférico e marginal. Que eu diga isso em relação a vários assuntos, compreende-se -- mas a questão da nossa língua é outra coisa. E o papel da nossa diplomacia ou dos nossos representantes em Estrasburgo não é o de acatar e cumprir esse papel, mas o de bater o pé; o de, com toda a força, bater o pé.
Escreve o Blue Everest: «Anda o Instituto Camões a gastar fortunas para defender - e apoiar aqueles que defendem - em tantos países pelo mundo fora a nossa língua e cultura e em Bruxelas não se fez ouvir um protesto à altura deste ideal e das despesas feitas? Curiosa apatia.»
Eles não querem o nosso défice? Pois que aceitem a nossa Língua.
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