Exames, 2.
Sobre os exames e a «quase unanimidade» à volta dos exames, o Ademar F. Santos escreve por email: «Não tomes a nuvem por Juno. A crença nas virtudes redentoras dos exames não passa disso mesmo... uma crença. Se, de vez em quando, passares os olhos pelo Abnoxio constatarás que, não sendo eu "pedagogo" nem "pedabobo", não mudei de opinião a respeito da serventia dos exames (há 20 anos, pelo menos, que não mudo de opinião). Como diria o Almada, se não houver outra maneira de a gente se salvar... estamos fodidos. O problema é que, pelos vistos, andamos quase todos à procura de fórmulas muito simples e expeditas para garantir a qualidade da educação, como se a educação fosse uma equação a duas ou três incógnitas e se pudesse resolver assim, de uma penada, mais exame, menos exame... Há muito que deixei de dar para o peditório das "reformas", as tais "reformas" iluminadas que, de uma forma instantânea e igualizadora, resolveriam todos os problemas do nosso ensino. Já se viu que não resolvem. A reforma dos "exames" seria apenas mais uma. Podes crer que nada de essencial se alteraria.»
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