Nós, Europeus.
Nós, europeus, devíamos sentir vergonha disto. Um resto de pudor. Um resto de paisagem. Nós, europeus, devíamos imaginar como se sai de Antuérpia e se abandona aquela paisagem. Provavelmente ainda não encontrei cidade mais europeia do que Antuérpia, o cruzamento de todas as liberalidades, de todos os muros, de muitas religiões, das universidades. Quem conhece Antuérpia sabe do que falo: daquela luz, daquela diferença de uma rua para a outra. E devíamos ter vergonha desta gente que assaltou Bruxelas e que assalta a Europa, mas vinda de dentro.
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