julho 31, 2005

Vencidos da vida.

Tem toda a razão de ser a pergunta de Vasco Pulido Valente do Público de hoje: «Onde se meteu a gente dos 40 e 50 anos, que devia agora tomar conta do país, com força, com experiência e uma visão nova?»

14 Comments:

At 11:21 da tarde, Blogger Rui MCB said...

Já que estamos numa de generalizações, que tal uma leitura alternativa: os ternurentos de 40 anda por aí bem visíveis, na política então são mato - tirando as presidenciais -, a força, a experiência e a visão é que os abandonaram. E já estou a ser bonzinho...
Por estes dias prefiro recordar-me das honrosas (para não dizer heróicas) excepções.

 
At 1:58 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Em relação aos homens de 40 e 50 anos, talvez a expressão mais adequada fosse: "onde é que os meteram?". Isto se a expressão procurava designar a generalidade dos homens de 40 e 50 anos. Em caso contrário, está o VPV, como é habitual, a folhear a colecção de cromos completa e a lamentar que se esteja a dar atenção aos repetidos. Olhe que na colecção, também já estamos todos bem servidos!

 
At 11:16 da manhã, Blogger inês said...

andam aí (livra!) mas parece que preferem os bastidores ao palco da política.

inês

 
At 3:48 da tarde, Blogger Manuel said...

VPV faz a pergunta errada.

 
At 2:22 da manhã, Blogger Rita said...

Fácil: Comissão Europeia, ONU, Administrações de empresas, de preferência públicas, e também privadas, e parece-me que o último gajo a quem saiu o euromilhões andava nessa idade.

ou seja, tudo gente que anda a fazer pela vida e pelo país. Só viaja menos e se calhar ultimamente tem dito menos barbaridades que o sampaio (isto tirando, é claro, o gajo da Comissão Europeia, Mr. Zé Manel).

Mas o melhor é ficarmos por aqui senão ainda se candidata o Alberto João.... E depois onde é que se compram coisas a 3 euros?

 
At 11:35 da tarde, Blogger Luís Bonifácio said...

Estão a engordar o porquinho nas águas, nos combustíveis, na caixa, na PT, na EDP e etc e atl.

 
At 2:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Os dos 40 e 50 anos, andam todos aí, na política, nas empresas, nos sindicatos e no desemprego também.

Alguns e não poucos da política visível, lá andam desde os 20 e se entretanto não lhes "cortarem" as asas por cá andaram muito mais tempo e se assim fôr, muitos do desemprego por lá continuaram.

A questão, parece-me, não está na idade, mas nas ideias e muito mais do que nelas, nos objectivos de cada um.

 
At 3:01 da tarde, Blogger José Daniel Ferreira said...

Devem andar de cabeça enfiada na areia. Afinal foram esses que suspiram pela gloriosa revolução de Abril e lucraram com ela... mas da mer** não saimos nós. Como diz Jorge de Sena:
agora importa uma só coisa - defender
uma revolução que ainda não houve,
como as conquistas que chegou a haver
(mas ajustando-as francamente à lei
de uma equidade justa, rechaçando
o quanto de loucuras se incitaram
em nome de um poder que ninguém tinha).
E vamos ao que importa: refazer
um Portugal possível em que o povo
realmente mande sem que o só manejem,
e sem que a escravidão volte à socapa
entre a delícia de pagar uma hipoteca
da casa nunca nossa e o prazer
de ter um frigorífico e automóveis dois."
Foram esses homens que quiseram a revolução, os militares fizeram-na mas nada fizeram com ela... geração mais que rasca, claro esta.

 
At 2:17 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Danies,

Não me parece que esses de que falas suspirem por Abril. Aliás, de todos os que nos "representam", não creio que haja algum que suspire hoje por Abril (ou por um certo Abril ainda por descobrir). O problema foi o Povão não ter tido mais tempo para procurar caminhos que o armassem criticamente para exercer algum controlo sobre este percurso que foi seguido pela democracia.

É uma questão interessante que pouca gente quer debater. O Povão é o sal da democracia mas a "dieta democrática" corta no sal e empanturra-se com outros consumos. Há muita gente que vai parlapatando, em círculo, falando com os seus próximos, ou com os seus distantes, nos jornais, nas televisões, nos blogues, no espectáculo permanente, que convém a todos. Mas o Povão, esse, parece estar muito contente com as Praças da Alegria, com o Portugal no Coração. Reagir? Só quando o barco bater no fundo.

As vassouras não são assim tão caras, mas o pessoal ainda não as quer usar.

 
At 8:52 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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