agosto 04, 2005

Apoio.

Depois de jornais estrangeiros elaborarem sobre independência editorial para apoiarem a eleição de John Kerry, Gilberto Gil apoia Manuel Maria Carrilho (no Público de hoje).

15 Comments:

At 3:23 da tarde, Blogger Luís Bonifácio said...

Mais um motivo para votar nos outros candidatos.

 
At 3:53 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sobre o envolvimento "tangencial e acidental" de empresas portuguesas no "mensalão":
A principal diferença entre o Brasil e Portugal é o facto de não haver imprensa em Portugal (já para não falar em ministério público...). Se assim não fosse, numerosos políticos e empresários portugueses estariam em muitos maus lençóis, tal como seus colegas brasileiros.
Uns poucos exemplos: Paulo Portas, ministro da Defesa, que comprovadamente serviu de "laranja" no esquema de lavagem de dinheiro da Universidade Moderna, e que, tudo o indica, fez negócios pra lá de escusos na compra de armamentos com intermediação da ESCOM, empresa dessa autêntica central do crime que é o Grupo Espírito Santo. De tal modo que esse político, ex-ministro de Estado, antes um dos mais combativos no cenário nacional, hoje mostra um total desinteresse pela política portuguesa, a despeito de sua condição de deputado, enfado certamente proporcional ao recheio de seus bolsos.
Outro exemplo são os gestores do Grupo Espírito Santo, que já eram há muito tempo especialistas em financiamento partidário ilegal e coisas piores. Vejamos: a conta que operava o saco azul, ou caixa dois, de Felgueiras era do BES. Além disso, o mais escandaloso de tudo: foi encontrada na sede do BES a minuta de um despacho ministerial que permitiria ao BES, se não fosse revogado pelo governo seguinte, o abate ilegal de árvores para a conclusão de um projecto imobiliário. Foi encontrado igualmente um docucmento que comprovava o envio por fax dessa minuta ao respectivo ministério. Isso para não falar sobre contas do BES que serviram para branquear dinheiros de Pinochet em Miami etc. etc.
Outro caso: a megacorrupção nas altas cúpulas da Direcção de Finanças do governo português, que recebia subornos para fazer desaaparecer processos de cobrança de dívidas fiscais. Nesse caso, esse corruptos corromperam também o próprio Ministério Público! E o fizeram de modo tão escandaloso que provocou a indignação da juíza de instrução do processo Fátima Mata-Mouros, que mandou para casa os procuradores com a ordem de que refizessem todo o seu trabalho!
Até políticos a receber malas de dinheiro também não é incomum (António Preto, p. ex.).
E poderia ficar aqui o dia todo a citar exemplos.
Como se vê, o problema é que os jornalistas portugueses não reconhecem uma notícia nem quando tropeçam nela! A não ser quando lhes cortam as verbas publicitárias, é claro!
No dia 6/7/2005, o International Herald Tribune, referindo-se à cobertura da imprensa do mensalão, afirmou que os jornalistas brasileiros podiam dar algumas lições a seus colegas norte-americanos. Quisera que os jornalistas portugueses, como o autor deste blogue, também aprendessem algumas lições...

 
At 6:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Servir de laranja é emprestar o nome para acobertar o real responsável por alguma coisa. Normalmente se usa a figura do "Laranja" para que ele mantenha contas em seu nome ou faça saques em nome próprio para repassar o dinheiro ao verdadeiro dono.

 
At 11:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ai meus sais. Por acaso o Gil mudou para Lisboa para passar a "apoiar" alguém? Esses baianos espaçosos... :-)

 
At 9:48 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Recomendo o seguinte blog como link:

http://www.questao-dos-universais.blogspot.com/
e se chama: Funes, o Memorioso, de António Conceição, Advogado e Professor universitário que vive e trabalha no Porto

Vale a pena.

Um bom e antigo amigo

 
At 10:14 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Eis exemplo de um texto de Funes o Memorioso, supra postado a meu pedido (um Chato)

"Resposta a um chato: onde estava eu no 25 de Abril

À época, eu era ainda católico. Tinha treze anos e rezava todas noites um pai nosso e uma avé Maria pela alma dos meus avós paternos (os maternos ainda estavam vivos) e outro pai nosso e outra avé Maria pela nossa vitória na guerra contra os turras. Ignorava então que lhe chamavam guerra colonial e fantasiava ser eu o herói que lhe poria fim, matando os maus todos.
A minha família era quase toda como o Salazar gostava. Não se metia em política.
O meu tio Jaime e o meu tio Fernando eram contra o regime. Mas apesar de assegurarem depois com orgulho estarem fichados na PIDE, nunca vi essas fichas e continuo a suspeitar que a PIDE não fichava gajos cuja actividade de oposição se limitava a dizer mal do governo nos almoços com os irmãos e os cunhados.
A ovelha negra da família era um longínquo primo que nunca vi, estudante de Direito em Coimbra, que em 1973 foi preso durante uma manifestação de díscolos. A minha mãe citava-mo como exemplo do que me aconteceria se não me mantivesse no caminho da rectidão.
Eu jurava manter-me no caminho da rectidão. E sonhava secretamente com Américo Thomaz a impor-me a Torre Espada no 10 de Junho.
-
A manhã do próprio dia 25 de Abril foi monótona. A minha mãe nem sequer me deixou ir à escola. De hora a hora, ouvíamos os repetitivos comunicados do MFA: "aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas..."

Ao meio dia houve excitação, mas não por causas políticas. O meu pai chegou com o carro novo que fora buscar a Oliveira de Azeméis, à "Garagem Justino": um "Opel 1204" amarelo metalizado. Tinham-lhe oferecido o tampão da gasolina com chave e tapetes do cairo para o interior. O velocímetro ia até aos 160.

A tarde foi passada entre a leitura do manual de instruções da nova viatura e os comunicados radiofónicos do quartel da Pontinha.
Descobri que havia um botão que, quando accionado, acendia simultaneamente os 4 piscas. Não vi o "Viver no campo" nem o "Daktari".

Até ao fim acreditei que tudo aquilo não passaria de outra intentona das Caldas. Tinha presentes no espírito as recentes palavras de Marcelo Caetano ("De todas as infâmias que os adversários da nossa presença em África têm posto a correr contra nós e alguns portugueses infelizmente repetem, confesso que me fere mais a de que defendemos o Ultramar para favorecer os grandes interesses capitalistas. (...) Não. O que defendemos em África são os portugueses, de qualquer raça ou de qualquer cor, que confiam na bandeira portuguesa; é o princípio de que os continentes não são reservados a raças, mas neles deve possível, para aproveitar os espaços vazios e valorizar as riquezas inertes, o estabelecimento de sociedades multirraciais; é o direito dos brancos a viver nos lugares que tornaram habitáveis e trouxeram à civilização, e a participar no seu governo e administração. Num mundo que proclama a luta contra o racismo, que nega a legitimidade das discriminações raciais, é isso mesmo que defendemos: a possibilidade de, na África Austral, onde de longa data os europeus se fixaram, prosseguirem a sua evolu-ção sociedades políticas não baseadas na cor da pele.") e acreditava piamente no triunfo final do bem. Os traidores haviam de sair derrotados...

As ilusões só me começaram a passar à noite, quando Marcelo Caetano foi levado do quartel do Carmo numa Chaimite e vi os rostos patibulares de Rosa Coutinho e Pinheiro de Azevedo na Junta de Salvação Nacional.

Mantinha, no entanto, uma réstia de esperança. Queria acreditar que Spínola - que durante anos vira, herói da Guiné, a preto e branco nos telejornais - não era um traidor. Ao ir para a cama, todavia, hesitei se devia ou não rezar o habitual pai nosso e avé Maria pela morte dos turras. Rezei.

A 29 de Abril fiz greve ao teste de francês. A 30, berrei com os colegas "morte à Pide" e "fim à guerra colonial". No início de Maio, a professora de História chamou-nos e advertiu-nos que não devíamos andar por ali a gritar contra a guerra colonial, porque o General Spínola já tinha anunciado que agora é que ela ia começar.

O dia 6 de Outubro de 1974, um Domingo que Costa Martins e Vasco Gonçalves decretaram de trabalho para a nação, passei-o patrioticamente a fazer a vindima do meu avô e a cantar a plenos pulmões com o meu primo Víctor: "De pé, ó vítimas da fome!De pé, famélicos da terra!..."

Em Dezembro, julgava que era do PPD..."

 
At 4:57 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ora, ora, isso só comprova que a ex-colónia também gosta de ingerir nos assuntos da antiga colónia ... Está tudo de pernas para o ar, é o que lhe digo ...

 
At 4:59 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Correcção:

da "antiga metrópole". É o que eu queria dizer na mensagem anterior.

 
At 2:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Nelson Ned apoia Carmona.

 
At 2:06 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Fáfá apoia Zézinha.Buarque apoia Ruben.Ney apoia Fernandes.Alter apoia Aviz.

 
At 8:12 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Este pateta, Gilberto Gil, é um andarilho e alguém sem vergonha, tanto quanto que o nomeou.
Onde é que já se viu um ministro em "par time" tal como a célebre Cicciolina que nas horas de desorazer ia ao parlamento italiano.
Mas esta ainda teve os votos do povo rasca. Este andarilho não teve votos de ninguém.
Grande facada deu ao Carrilho. Primeiro em atrever-se a dar conselhos bárbaros e em segundo apontando-çhe o caminho da filosofia dançarina.
Com amigos destes quem precisa de inimigos

 
At 7:52 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Cada blogue com os comentários que merece!

 
At 2:13 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 2:16 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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At 2:20 da manhã, Anonymous Anónimo said...

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ninest123 12.22

 

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