agosto 18, 2005

Aviz.

















Como escrevi um dia, isto não merece grandes anúncios – o Aviz acabou. Não há grandes razões para isso. Simplesmente, não prolonga a sua temporada. E, terminando a sua temporada, sai como chegou – sem ruído. Daqui a uns tempos, umas semanas, haverá espaço para outra coisa (mantém-se o projecto do Gávea, porque se trata de um blog sobre livros brasileiros). Obrigado a todos os que fizeram links para o Aviz, a todos os que o leram e a todos os que enviaram comentários e mails. E também a todos os que discordaram e aos que concordaram (e com que concordei).

Desenvolvimento adequado do Algarve.

A ideia peregrina que aparece nas páginas do DN de hoje, defendida pelo presidente da Câmara de Lagos (acerca do Algarve) é para reter: «Também não podemos cair em fundamentalismos ambientais que impeçam um desenvolvimento adequado.» O desenvolvimento adequado do Algarve está aí à mosstra.

Mais bingo.

Depois de Duda Mendonça (campanhas de Lula e do PT) ter sido pago pelo PT nas Bahamas; depois de Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, ter implicado o presidente do Banco Central, o ministro da Justiça e o PT; é agora a vez de outro doleiro, Vivaldo Alves, o Birigüi, dizer que Paulo Maluf também pagou a Duda Mendonça através do Citibank de Nova Yorque. O fabuloso Maluf apoiou Marta Suplicy na segunda volta das eleições em S. Paulo, contra José Serra.

A opinião de Hélio Schwartsman, da Folha.

Informação inocente.

Assassinato do prefeito de Sto. André, Celso Daniel, vai ser reaberto. Mais lenha para arder na sede do PT.

agosto 17, 2005

Bringing it all back home, 7.










Bedolach

agosto 16, 2005

Árvores.

Insisto sempre, sobretudo para quem vive no Porto: passar pelo Dias com Árvores é uma obrigação.

Revista de blogs. Wagner em Bayreuth.

«[...] Kundry, Parsifal, Amfortas, Gurnemanz, uma loura nua da cintura para baixo, e outra loura, que na versão do ano passado representava a antiga amante de Titurel, este agora nem sequer aparece em cena e canta dos bastidores, a tal africana gorda e mamas monstruosas lá está deitada de pernas abertas como elemento representando a fertilidade e o Graal ele mesmo. Os elementos cénicos são tantos e tão dispersos na sua profusão que destroem toda a unidade cénica. Trágica esta destruição por um “intelectual” de qualquer unidade cénica e de qualquer representação artística das ideias de Wagner. Para escutar a música havia que fechar os olhos.»

[Sobre o Parsifal, de Wagner, direcção musical de Pierre Boulez e encenação de Christoph Schlingensief. No Crítico Musical.]

Aviso.

O departamento de saúde de Nova York pede disciplina dietética e moral anti-gordura aos restaurantes da cidade. O problema é se é apenas um começo.

Notícias da frente.

Denise Frossard, a deputada do PPS do Rio, sobre o dinheiro de Duda Mendonça entregue pelo PT nas Bahamas.

Bringing it all back home, 6.










Neve Dekalim, Gush Katif.
Ler este post do Not a Fish (Provincially Speaking).

Notícias que abalaram o mundo.













Ela nunca leu um livro. «I haven't read a book in my life. I haven't got enough time.» Ele também já não marca golos.

agosto 15, 2005

Frases que já não se podem ouvir.

O Carlos V.M. iniciou há pouco tempo uma nova série de posts: as frases quenão se podem ouvir. Continuem, por favor. Há uma lista para preencher.

Forra-gaitas, bertoldinhos e balhastreiras (*) (Actualizado)

O Filipe NV queixa-se de que, nesta altura, «todos se queixam do país que temos e que somos». E que aparecem forra-gaitas, bertoldinhos e balhastreiras, em colunas de jornal, vergastando o país. Meu caro Filipe: mas isso é um desporto nacional, a garantia de que o país existe mesmo, de que o primeiro-ministro pode continuar a telefonar sem correr o risco de encontrar a gravação «o número para o qual ligou não existe», a certeza de que podemos continuar a malhar nele sem sermos considerados estrangeiros. Mas eu compreendo; o Filipe refere-se aos que, há cerca de um ano, encontravam motivos para pensar que a Pátria, amada e decente, estava no bom caminho -- e que hoje, vendo o país a arder, choram amargamente o destino que nos está reservado. Ou seja, aqueles que, na época, nunca viram motivos para dizer «olha as nomeações para a Caixa!» e se acidulam hoje com as nomeações para a Caixa, suponho eu. Desvantagens, Filipe, de se ser um liberal à moda antiga.

(*) Bertoldo s.m. Indivíduo parvo, estúpido, palerma. Forra-gaitas s.2g.2n. Indivíduo avarento, sovina. Obrigado Antônio Houaiss.
Balhastreira não encontrei, caro FNV. Será balastreira, «que assenta o balastro», ou seja, o cascalho?

Afinal,
F NV esclarece: «Balhastreira: eufemismo para "Puta" utilizado no Alentejo, aparentado (?) com o "bandarra" e "bruaca" brasileiros.» Cortesia do Heinz Kroll, O Eufemismo e o Disfemismo noPortuguês Moderno

Bringing it all back home, 5. (Actualizado)

A retirada unilateral de Gaza, aconteça o que acontecer nos próximos dias, é um acto de heroísmo e de dignidade. Por agora, é uma derrota sem vencidos, uma vitória sem vencedores. A dificuldade em compreender a grandeza dos acontecimentos explica o silêncio, mas as consequências fazem parte do médio-prazo.


Este post antigo, sobre alguns comentários a esta nota.

Bringing it all back home, 4.










Netzer Hazani

Ler o artigo de David Grossmann, Something to mourn.

Bringing it all back home, 3.













Cemitério de Gush Katif.

agosto 14, 2005

Millôr.

Sobre Shakespeare: «Gosto de trabalhar com o português, embora inglês seja a que eu mais leio. Nunca tive temor de nada. Deve-se julgar as obras pelo que elas têm de qualidade, não por serem de fulano ou beltrano. Shakespeare fez muita besteira, mas tem três ou quatro obras perfeitas, e Macbeth é uma delas. Traduzi Shakespeare por ser do caralho, mas se me dessem algo ruim para traduzir, dizendo que era um pensamento dele ou de Confúcio, perguntaria se era mesmo dele ou de um completo idiota.» Portugal-Brasil: «Nem sempre é fácil entender um português e há filmes portugueses que só conseguimos ver com legendas. O que acontece é que temos dificuldade de entender o português de Portugal mais pela eufonia e pela prosódia que pelos vocábulos em si mesmos. Não sei se os portugueses passam pelo mesmo problema, mas o fato é que, até os anos 30, todo ator brasileiro imitava sotaque português para ser respeitado e, hoje, nossa influência em Portugal é total. A telenovela entra lá, e não adianta o intelectual português ficar contra, porque o povo acha engraçado o jeito de a gente falar, e termina copiando. Já usam expressões como "estou a dar a volta por cima, o pá!", lá do jeito deles, com sotaque, mas usam.» O estrangeirismo empobrece a língua portuguesa? «De maneira nenhuma. Antigamente, tivemos palavras como porta-seios, uma coisa muito feia, que felizmente foi substituída pelo galicismo "sutiã". Toda língua é invadida e, como mulher, fecundada. De vez em quando a nossa leva na bunda, mas nada que, lavada, não fique novinha. Houve tempo em que o galicismo era uma aberração. Não se podia escrever "amante", mas "amásia". Era assustador.» Os presidentes brasileiros a falar português: «Fernando Henrique diz besteiras o tempo todo. Como um cara inteligente diz que o povo deveria fazer checkup e que tem o pé na cozinha? Teria o pé na África e olhe lá. [...] Lula diz bobagens do tipo "as mulheres são desaforadas". Diz também sem saber o que está dizendo. Pensa que está elogiando, sendo engraçadinho, mas não tem noção das palavras. Ocorre que ele tem pronúncia até melhor que o FHC. [...] Já Sarney é o Lula em barroco. Escreve um romance débil mental e passa a ser considerado uma revolução nas letras nacionais.» Sobre Camões: «Veja, no entanto, um escritor como Camões. Ao se dirigir ao rei Dom Sebastião, o poeta afirma que "a disciplina militar prestante / não se aprende, senhor, na fantasia, / sonhando, imaginando ou estudando, / senão vendo, tratando e pelejando". Repare que ele não diz "tratando, pelejando e vendo" - pois seria o caso de um sujeito que sai na porrada sem pensar. Quem não sabe escrever não cria esse tipo de hierarquia, pouco importa.» Sobre Paulo Coelho: «Vende muito, mas é merecidamente desprezado porque faz uma merda de literatura.» Entrevista aqui.

Bringing it all back home, 2.












Kfar Derom

Bringing it all back home, 1.













Gush Katif

Regresso do hooligan.








Uma boa notícia, com bons augúrios; o hooligan retoma o seu cantinho.

No Brasil, outra boa notícia e uma excelente (ah, maldade!); assim se conhecem os hooligans.

agosto 13, 2005

Vai dar pizza. Vai dar sashimi. (Actualizado)

FBI chamado ao mensalão. E depois de Nelson Jobim, presidente do Supremo TF ter instado a Polícia Federal a não investigar e a fazer apenas o que se lhe pede, é a vez de a PF pedir ao STF para investigar coisas que lhe não tinham sido pedidas. Vai dar pizza? Vai dar sashimi?

De onde vieram os fundos para a campanha de Lula em 2002? «Duda Mendonça afirmou ter recebido em sua conta Dusseldorf, nas Bahamas, pagamentos relativos à campanha de 2002. A CPI ainda precisa descobrir a origem dos recursos que abasteceram esta conta. Sabe apenas que eles partiram de outras quatro fontes no exterior.»


«Ele não é o fraco, ignorante que todos imaginam. Ao contrário. Ele é brilhante, inteligente. E isso serve para o bem e para o mal. Mas, para muita gente, é melhor que o presidente apareça como fraco», Heloísa Helena.




Entrevista de Hélio Bicudo (83 anos, tem uma longa militância em favor dos direitos humanos, na qual se destaca o combate à ação do Esquadrão da Morte paulista, filiado há 25 anos no PT.) à Veja desta semana:
«Lula é um homem centralizador. Sempre foi presidente de fato do partido. É impossível que ele não soubesse como os fundos estavam sendo angariados e gastos e quem era o responsável. Não é porque o sujeito é candidato a presidente que não precisa saber de dinheiro. Pelo contrário. É aí que começa a corrupção. [...] Ele é mestre em esconder a sujeira embaixo do tapete. Sempre agiu dessa forma. Seu pronunciamento de sexta-feira confirma. Lula manteve a postura de que não faz parte disso e não abre espaço para uma discussão pública.» [Texto online através do blog do Noblat.]


«Brazil's Opposition Shelters President From Scandal, for Now», artigo de Larry Rohter, no The New York Times. (Anteriores textos de L.R., no NYT, aqui e aqui.)

Pecado. Em nome de Cesariny.












Passou em silêncio a data. Cesariny fez 82 anos. O Eduardo Pitta relembrou-o no Da Literatura.

Traições. (Actualizado)

E Lula, não deve dizer quem o traiu?

Ler este post.

Escreve Ricardo Noblat: «Sei que todo mundo gostaria que Lula identificasse aqueles que o traíram. Pois não foi isso o que ele disse ontem na Fala da Granja do Torto - que foi traído? Sinto muito, mas ele não poderá dar os nomes. Porque na verdade ele não foi traído. Delúbio, Sílvio "Land Rover", José Dirceu e outros menos citados agiram por delegação dele.»

Cristovam Buarque, que disse sair esta semana do PT.

agosto 12, 2005

Tomás Eloy Martínez, «El Cantor de Tango».














«El sábado seguiente fue al almacén de Boedo. Cuando vio desplazarse a Martel hacia la tarima, junto al mostrador, incorpóreo como una araña, y lo oyó cantar, cayó en la cuenta de que se voz eludía todo relato porque ella misma era el relato de la Buenos Aires pasada y de la que vendría. Suspendida por un hilo tenue de los do y de os fa, la voz insinuava el degüello de los unitarios, la pasión de Manuelita Rosas por su padre, la revolución del Parque, el hacinamiento y la desesperanza de los inmigrantes, las matanzas de la Semana Trágica en 1919, el bombardeo de la Plaza de Mayo antes de la caída de Perón, Pedro Henríquez Ureña corriendo por los andenes de Constitución en busca de la muerte, las censuras del dictador Onganía al Magnificat de Bach y las hechicerías de Noé, Deira y De La Vega en el Instituto Di Tella, los fracasos de una ciudad que tenía todo y a la vez tenía nada. Martel la dejaba caer como un agua de mil años.»

Tomás Eloy Martínez, El Cantor de Tango (Planeta)

Notícias da frente. Pronunciamento.

Lula, na Granja do Torto, falou para a tv. Essencialmente: que se sente traído e que não sabia do que se passava. Questão de fé.

Cristovam Buarque deixa o PT («Ele disse esperar do presidente a declaração de que não disputaria a reeleição à presidência ou informasse que enviaria um projeto para acabar com o instituto da reeleição. Diante das declarações do presidente, Cristovam declarou que deixará o partido, mas só comunicará sua decisão oficialmente na próxima segunda-feira.»)

História deliciosa: lista de deputados que beneficiaram de Marcos Valério, foi forjada no parque de estacionamento do Senado, eliminava todos os deputados do PT e incluía de todos os outros partidos. O responsável pela tentativa, Paulo Pimenta (PT-RS) admitiu a fraude.

Ver este post, do Gândavo.

Guerra aberta.

Quando o assunto é smoking/no smoking, a guerra aberta instala-se.

Notícias da frente. Más.







"Lula sabia do acordo de R$ 10 milhões com o PL"; "pedi ao Delúbio: cheque não. Me dá em dinheiro"; "reclamei com Dirceu que o dinheiro entrava pingado. Ele disse: calma, o Delúbio vai resolver"; "só recebi R$ 6,4 milhões. Estão colocando R$ 4 milhões a mais na minha conta".
Declarações de Valdemar Costa Neto, líder do PL, na edição da Época desta semana.

Ver os posts da Grande Loja.

Que tal o vinho?

O Pedro V. tem um blog que eu desconhecia até agora. Provas de vinho, muito pessoais e sem rococós, e com algumas cervejas pelo meio. Bebamos.

Notícias da frente. Más.













No Brasil, Hugo Chávez, presciente, diz que há uma conspiração da direita contra Lula; a direita (do PL, partido aliado de Lula, e grupo do seu vice Alencar) diz que Lula sabia; o PT chora e diz que os maus têm de ser punidos, enquanto o até agora intocado Palocci é citado na CPI dos bingos (a que liga Waldomiro Diniz a Dirceu, que está com a vida complicada também aqui). O presidente Lula, que se declara perplexo com as revelações, fala hoje, através da rádio; dirá que se sente traído. Uma sondagem atribui pela primeira vez vantagem a Serra, actual prefeito de São Paulo, no confronto com Lula.

Xanel

A Isabel abandonou o Xanel Cinco e criou o Miss Pearls. Escrevendo bem, como sempre, o que é uma bênção.

Revista de blogs. Teologia mínima.

«Matemático que afirmou ter demonstrado matematicamente a existência de Deus reconhece que errou nas contas.» [No Torneiras de Freud.]

E agora, Lula?

Duda Mendonça, o marqueteiro do PT, põe Lula em cheque. Depósitos na conta do publicitário foram feitos já em 2003, no primeiro ano do governo Lula. Fica a suspeita de que possam ter origem em dinheiro público.
(Na opinião geral do Congresso, Duda Mendonça 'livrou a cara' e 'jogou Lula e o PT na fogueira'.)

Duda confirma que Valério pagou festa da posse de Lula.

agosto 11, 2005

É a vida.

Vendo bem, quem não obstruiu o caminho para tantas nomeações políticas desastradas no último governo, pode dizer o que lhe apetecer, mas não pode pôr-se em bicos de pés para criticar a nova administração da CGD.

A ler. «Liberal, de liberdade.»

O texto de Pacheco Pereira sobre quem exigiu a publicação dos estudos sobre a Ota e o TGV.

Sibilino.

Larry Rohter, o jornalista do The New York Times que Lula quis expulsar do Brasil, publica o primeiro artigo sobre a crise. Para quem esperava material explosivo, desilusão; o texto é mais sibilino: «Se há uma conspiração ocorrendo no país ela é comandada pela oposição e por grandes empresários de São Paulo» e tem como objectivo «manter Lula no poder e não tirá-lo».

Smoke.

Pobres, vilões, feios, sujos -- eles são os fumadores no cinema. Os glamorous and positive não fumam. «Almost half of all characters who smoked were in a lower socioeconomic class.»

A pedido.

A pedido do João P., que ameaçou com chantagem caso eu não comentasse o assunto: sim, eu penso que o Jorge Costa devia continuar na defesa do FC Porto. Por três motivos.

agosto 08, 2005

Transparentes.

A propósito do Discovery, ontem, domingo, um jornalista de tv apresentava o site da Nasa sem se esquivar ao tradicional comentário: «É assim que os americanos vendem o seu peixe...» Ou seja, podíamos entrar no site da Nasa e saber vários megas de informação acerca da missão espacial. A piada vinha a propósito num país onde sabemos tudo sobre os estudos acerca do novo aeroporto da Ota, dos rankings das universidades, dos relatórios sobre os buracos do metro de Lisboa ou do Porto, enfim, sobre coisas públicas. Transparentes como nós não há. O site da Nasa é uma ninharia ao pé da nossa transparência.

Jabuti. Começou a corrida.

Está aqui a lista de nomeações para o Prémio Jabuti deste ano; começou a corrida. Dez livros brasileiros da temporada. Alguns menos.

Ensaio sobre a cegueira.

A questão, como escrevi aqui, ao contrário do que está sugerido em vários comentários neste blog, não é a intocabilidade ou a contaminação do presidente Lula. Lula é o menos, apenas um pormenor central. De resto, com o avolumar de notícias sobre as ramificações portuguesas no caso (que não são de estranhar), espero ser ilibado do terrível pecado de «inclinação ideológica». A questão não é que a Polícia Federal tenha ilibado Lula do caso; a questão é que ele tenha ocorrido nas barbas do presidente e que ele tenha afirmado que nada disso era importante. Cegueira é aquela que quer cegar toda a gente à volta.

Coisas.

Notícia da Veja desta semana e ainda mais recente. Mensalão ao rubro com janelas abertas para os dois lados do Atlântico.

Banda Larga.

Mal regresse a net a este lar, o blog também regressa. Mais dois dias.

agosto 05, 2005

Mensal.

O Aviz acompanhou o mensalão brasileiro desde há meses -- antes de serem divulgados os seus contornos essenciais na grande imprensa. Durante dois meses, a imprensa portuguesa não mencionou o assunto, o que se compreende pela fidelidade a Lula, e só agora trata o tema. Estranho isto, agora que se desenha o mensalão português. Com todos os contornos visíveis por aí.

agosto 04, 2005

Apoio.

Depois de jornais estrangeiros elaborarem sobre independência editorial para apoiarem a eleição de John Kerry, Gilberto Gil apoia Manuel Maria Carrilho (no Público de hoje).

Ideias sobre o terrorismo.

Chamo a atenção para o artigo sobre o assunto, de Francisco Seixas da Costa no Diário de Notícias.

CGD.

Se fulano fica com o crédito, na Caixa Geral de Depósitos, quem fica com o descrédito?











Ninguém me dá lições de ética. Ninguém me diz se eu me recandidato ou não. Ninguém denuncia melhor do que eu denunciei.
(Pronto, terminou a ingerência interna nos assuntos internos dos outros países. Desculpem. Volto com a poesia dentro de momentos.)

Criticas. (Actualizado)

Críticas muito negativas ao novo livro de Rubem Fonseca no O Globo e na Veja.

Não há links para os textos.

Por gentileza do Francis C. Afonso, o texto da Veja está reproduzido aqui nos comentários.

Reflectir abundantemente.

O período de reflexão de Soares. No JN.

Nao se pode virar as costas.

Dois dias sem blogar e é isto: o mensalão atinge as proporções previstas, tocando finalmente empresas portuguesas. O toque é acidental e tangencial. Mas há mais novidades a chegar, descansem.

agosto 02, 2005

Notícias da frente. Boas.

Entretanto, uma boa notícia. Exemplo a seguir: suspensas as assinaturas de telefone fixo.

Notícias da frente.

O primeiro deputado brasileiro a cair foi Valdemar Costa Neto, líder do PL (partido do vice-presidente de Lula): renunciou ao mandato para não ser «cassado». Foi ele quem primeiro se insurgiu contra a existência do mensalão, sugerido por Roberto Jefferson, e convocou o conselho de ética. Pela boca morreu o primeiro peixe. Valdemar, cuja ex-mulher foi ouvida na CPI (onde mencionou a existência de uma operação Taiwan, a que convém prestar atenção) confirmou receber dinheiro do PT. No seu discurso de renúncia chamou Jefferson de delinquente.
Entretanto, promiscuidades familiares entre Dirceu e Valério. O ex-número dois do governo, Dirceu, admite igualmente renunciar ao mandato.

agosto 01, 2005

Verissimo.

Sem exagero. Acaba de sair uma edição revista do primeiro romance de Luis Fernando Verissimo, O Jardim do Diabo (Objetiva). O texto de abertura está aqui, disponível. Exile and cunnilingus, diz ele.

Mais Rubem Fonseca.












O Bruno, do Leões de Tolstoi, acrescenta mais textos aos fragmentos do novo livro de Rubem Fonseca (Mandrake. A Bíblia e a Bengala, Companhia das Letras) publicados aqui, no Gávea.

Entretanto, pode ler a pequena nota sobre o livro, do Estadão, escrita pelo bom do Ubiratan. Ubiratan Brasil, aliás; não há nome mais brasileiro.